V Í R U S I N S A N O
A estatística é fria,
desalmada.
A cada dia,
mais dores e desesperos,
choros, mais corpos inertes,
sem uma digna despedida,
dessa abrupta separação.
O vírus é insano,
inconsciente, não perdoa.
O mundo é um pouco selvagem,
morre-se todos os dias,
é bem verdade,
é o ciclo da vida,
mas como ter resiliência,
se a inércia,
a insensibilidade
a insensatez corrobora com a situação?
Se tivesse mais comoção,
mais entrega,
muitos corações maltratados,
entregue às cinzas,
desolados,
respiraria mais aliviado.
Sabe-se que tudo passa,
que o tempo tudo cura,
mas enquanto isso não passa,
sinto-me impotente,
inseguro
e triste a minha alma chora.
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