Homenagem Póstuma

 Amigos e familiares, paz em Cristo!

Hoje, mesmo a saudade se fazendo mais intensa, é momento de alegria, de celebração, de agradecimentos.

Esta homenagem ao Senhor Paulo Teófilo (nosso pai), faz-nos recordar de uma pessoa generosa, alegre, sempre preocupada com o bem estar dos outros.

Com certeza, hoje ele está mais feliz, não porque o seu nome figurará em um espaço da igreja à qual tanto se dedicou, mas por saber que sua luta, entrega em prol da evangelização contribuiu para o crescimento da comunidade.

Justo lembrar também do Padre Donizete, idealizador deste ato, sempre convicto de que o nome do amigo deveria ser perpetuado em face de seu envolvimento com a paróquia, bem como agradecer a minha mãe, que com paciência, amor e muito apoio, tornou o meu pai, o homem que foi.

A dedicação de pessoas solidárias conforta corações e estimula a luta pelo bem comum.

Em memória ao Senhor Paulo, um incorrigível otimista e defensor intransigente da fé, celebremos a vida.

Gratidão ao padre (...) que concretizou o desejo do padre  Donizete e a todos os demais aqui presentes.

Abraços fraterno.

APOSENTADORIA

 Aposentadoria 

Um novo capítulo,

uma nova etapa, 

uma nova jornada se inicia.

É oportunidade de alçar novos voos

sem relógio, 

sem ponto, 

sem pressão.

É hora de  renovar esperanças, 

sentir-se dono do tempo, 

liberdade para escolher, 

fazer o que se mais ama...

 É tempo para se reinventar,

arriscar, 

sem medo de cobranças, 

sem ilusões...

Saborear as pequenas conquistas,

desfrutar a liberdade,

que ao longo da vida conquistou

e agradecer...

DIA DOS NAMORADOS

 

E N A M O R A R

Enamorar é a expressão 

do amor, construída 

pela cumplicidade

ao longo do tempo.

Alicerçado no companheirismo,

nos sonhos partilhados, 

Nos afetos trocados,

e nas enevitáveis desavenças.

Enamorar é renúncia, 

é magia, é poema em construção, 

caminhada constante, 

Vislumbre do eterno.

DIRETOR DESASTRADO

 

        O pai era o diretor, o filho, aluno na escola que ele dirigia. Nunca saiam juntos, o jovem gostava de subir com colegas. Inteirar-se das fofocas corriqueiras.

        Era um dia chuvoso, na sala de aula os alunos um pouco mais inquietos que o normal. Na sala do filho do diretor, era ministrada uma aula de História. Professora da cidade vizinha, muito respeitada, mas um pouco enérgica.

        Os meninos acharam um jeito de desestabilizá-la, a ponto de ter que chamar o diretor para intervir, afinal os meninos já eram homens e por segurança achou melhor não confrontá-los. Melhor agir com as armas que tinha, obtendo o apoio da direção da escola. 

        O diretor era um homem baixo, forte, bem humorado, calmo, divertido, mas justo e cumpridor de seu dever, se o tirasse do sério, transformava-se numa fera. Com a experiência que tinha de tantos anos dedicados à educação, sabia que a professora não o chamara sem motivo, algo saíra dos trilhos.

         Entrou na sala com a faca nos dentes. Esbravejou, chamou a atenção, ameaçou suspender alunos que se não comportassem. De repente, olhou para o canto da sala, paralelo ao quadro negro, um enorme guarda-chuva, velho, encostado na parede, deixando escorrer pingos de água no piso da sala. Ainda sob a aparente fúria vociferou:

        - De quem é esse caco de guarda-chuva que está molhando a sala?

        - Do fundo da sala, um rapaz alto, forte, constrangido murmurou:

        - Pai, esse guarda-chuva é nosso.

        - A sala quase foi a baixo, eclodiu-se gargalhadas da primeira a última carteira.

        - O diretor, sem jeito, contendo-se para não participar daquele momento de comicidade, disfarçou-se e saiu furtivamente da sala. - Impossível seguir com a normalidade da aula depois do ocorrido. Por sorte da professora, deu o sinal de que a aula terminara.

        Mas o ocorrido foi assunto por um bom tempo na escola.

        

        

VÍRUS INSANO

 

V Í R U S   I N S A N O

A estatística é fria,

desalmada.

A cada dia,

mais dores e desesperos,

choros, mais corpos inertes,

sem uma digna despedida,

dessa abrupta separação.

O vírus é insano,

inconsciente, não perdoa.

O mundo é um pouco selvagem,

morre-se todos os dias,

é bem verdade,

é o ciclo da vida,

mas como ter resiliência, 

se a inércia, 

a insensibilidade 

a insensatez corrobora com a situação?

Se tivesse mais comoção,

mais entrega,

muitos corações maltratados,

entregue às cinzas,

desolados,

respiraria mais aliviado.

Sabe-se que tudo passa,

que o tempo tudo cura,

mas enquanto isso não passa,

sinto-me impotente,

inseguro

e triste a minha alma chora.

 

I N F Â N C I A

I N F Â N C I A

Infância...

Sinônimo de pureza de coração,

onde brotam o amor e gratidão.

Ser criança é viver livre,

divertir-se,

não guardar rancor,

fazer todo momento ser feliz.

por possuir a inocência

que deixa tudo especial.

É ser como comida de mãe,

de sabor inigualável,

inesquecível.

E N A M O R A R

ENAMORAR E SUAS FACES

Faz tempo que a gente namora,

Mora.

Apesar das divergências,

das individualidades,

o sentimento se modifica.

Não é como outrora,

vendaval.

É leve como brisa,

que acalenta e acalma,

que alimenta mais a cumplicidade.

É mais tolerante, 

solidifica-se pela partilha, 

pela maior compreensão,

E isso é amor.

 

FASES DE UM ENAMORADO

O tempo é inexorável,
Sutilmente vai exaurindo nossa vitalidade.
Na busca pelo sentido da vida,
Alguém me encantou
se apossou de minha alma,
transformou minha existência.
Assim é o ciclo da vida.
A paixão intensa,
Quase desvairada de outrora,
solidificou-se,
Fez-me contemplativo,
desvendar outros sentimentos,
Mais constantes.
A partilha diária,
O companheirismo,
A cumplicidade,
Ensinou-me a arte de amar.
Sinto-me seguro e feliz ao seu lado.

M I N H A   N A M O R A D A

Minha namorada é especial.

São anos de convivência,

alicerçados em incontáveis doses de paciência.

Faz esse enlace inabalável,

O princípio da lealdade,

da cumplicidade.

Esta autêntica mineira,

é amante e companheira.

A caminhada de amor,

não tem os arroubos sentimentais da outrora,

mas ainda são intensos,

 e agora consolidado

pela constância da maturidade.